Neste ano de 2022, especulou-se que uma pequena correção chegou a ser pensada pelo Governo Federal - com o aval do Ministro da Economia, Paulo Guedes - algo em torno de 5%, em caráter linear, para todas as categorias. Neste ínterim, diante dos argumentos dos recursos escassos, teria sido acordado pela equipe econômica que o aumento seria concedido apenas para algumas categorias, como os policiais, algo que já havia sido aventado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, o que procovou, naturalmente, os protestos das demais categorias, há anos excluídas de quaisquer recomposições.
Alguns setores - foram poucos - chegaram até a entrar em greve, que não sabemos como ficou, como o pessoal do Banco Central. O fato concreto é que, em tese, acabou não saindo nem os 5% linear, tampouco alguma bonificação para os policiais , que ficaram possessos com o recuo do Governo. Agora é a vez do STF aprovar, por unanimidade, uma recomposição salarial da ordem de 18% para os Minitros da Corte, que terá repercussão sobre os proventos dos demais magistrados, uma vez que são calculados em termos de percentuais sobre os salários dos ministros do STF. Já antecipo que acho justo e sequer corrige as distorções salariais produzidas ao longo dos anos.
Como o ambiente institucional não é dos melhores e o presidente Jair Bolsonaro tem o poder de veto, há grandes interrogações sobre sua posição em torno do assunto. Escárnio mesmo são os bilhões que escoam dos cofres públicos através dos orçamentos secretos, da PEC da irresponsabilidade com as contas públicas, e agora, como se isso ainda não fosse suficiente, a denúncia de um jornal paulista informando que um Ministro de Estado teria recebido, em apenas 02 meses, durante o período mais crítico da pandemia - onde se exigia o sacrifício de todas as categorias dos servidores públicos - a bagatela de quase um milhão de reais.
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