A gestão do governador Romeu Zema(Novo) está sendo muito bem-avaliada pelos mineiros e ele tem, nesta condição, o seu principal trunfo para continuar à frente dos destinos do Palácio Tiradentes. Com uma gestao aptovada por 50% da população, sua reeleição é dada como certa por alguns analistas políticos. A cada nova pesquisa ele amplia essa vantagem sobre os adversários, principalmente em relação ao seu principal competidor, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, do PSD.
Nem mesmo o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva(PT) conseguiu melhorar a performance de Kalil nas pesquisas de intenção de voto, sobretudo em razão de uma intrincada - e nada ideológica - engenharia eleitoral montada por Zema, que vem dando muito certo. Como se sabe, se as taxas de aprovação de um governante são boas, suas chances de reeleição ampliam-se significativamente. Existem até cálculos para isso. Um governante com taxa de aprovação inferior a 40%, por exemplo, dificilmente se reelege. Romeu Zema ainda não pode ser considerada uma roposa da tradicional escola política mineira, mas deverá chegar lá.
Equilibra-se num tripé, sem se comprometer com os seus pares. Ao contrário, ainda tira dividendos dessa condição. Mantém o apoio ao candidato oficial do Novo à Presidência da República, Felipe D'Ávila, e se equilibra numa espécie de "Luzema' e Bolsozema". Lula vai relativamente bem naquela praça, mas não consegue transferir votos para o seu afilhado, Alexandre Kalil. Ao contrário, o apoio de Lula vem contribuindo para a queda de Kalil nas pesquisas. O que acontece é que muitos dos eleitores de Lula preferem votar em Zema para o Governo do Estado, numa espécie de "Luzema".
Por outro lado, mesmo com um perfil liberal\conservador, Zema recusou conversar com o candidato Jair Bolsonaro(PL). Por outro lado, os votos dos bolsonaristas identificados com o seu perfil, serão bem-vindos, configurando o "Bolsozema". Assim, ele vai se equilibrando neste triplé, sem se comprometer com "L" ou com "B", com chances efetivas de ser reconduzido ao Palácio Tiradentes, mantendo os dividendos na máquina do partido, por ter sido coerente com o candidato presidencial da legenda.
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