Como observou o consultor e articulista da revista Veja, Thomas Traumann, é mesmo difícil não se afogar neste mar de pesquisas de intenção de voto que estão sendo anunciadas esta semana. Institutos como o IPEC - antigo IBOPE - e o Datafolha devem divulgar os seus números sobre o desempenho dos candidatos no Jornal Nacional. Uma pesquisa divulgada no dia de hoje, realizada pelo BTG, mostra que Lula teria ampliado em 4 pontos em relação ao seu principal adversário na corrida pelo Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro(PL). São pesquisas amplas, envolvendo - além da corrida presidencial - o comportamento do eleitorado em diversas quadras estaduais.
Existe, de fato, uma profusão de pesquisas, que podem contribuir mais para confundir do que para esclarecer. As entrelinahs dessas pesquisas, no entanto, apontam uma tendência de recuperação do ex-presidente Jair Bolsonaro, depois que o seu time político entrou em campo, corrigindo, mesmo que de forma temerária, os rumos da política econômica. Bolsonaro recupera o rebanho desgarrado entre os evangélicos e o agronegócio e penetra, perigosamente, em redutos tradicionais petistas como os eleitores pobres e nordestinos.
Não consigo entender como o Partido dos Trabalhadores teria encomendado uma pesquisa interna dando conta de que o Auxílio Brasil não estaria fazendo a cabeça de segmentos expressivos do eleitorado. Até Lula anda às turras com esse derrame de dinheiro público em pleno período eleitoral. Melhor seria que o staff de campanha de Lula estivesse debruçado sobre fatos reais, procurando enfrentar essa realidade e não simplemente ignorando-a. O grupo de Bolsonaro já comemora sua primeira vitória: É quase certo que teremos um segundo turno nas eleições presidenciais deste ano.
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