Isoladamente, talvez não aja uma outra variável tão determinante numa eleição como os resultados obtidos na economia. Inflação e desemprego, conforme já discutimos por aqui, serão determinante para o desfecho do resultado das próximas eleições presidenciais. Se tais problemas persistirem, o candidato Lula teria que se apresentar ao público como a "solução" para esses problemas, o que o tornaria praticamente imbatível. Ocorre, no entanto, que se tais problemas forem contornados, as chances de uma reeleição de Jair Bolsonaro melhoram sensivelmente, independentemente da crise institucional em que o país está mergulhado.
Ainda é cedo para dizer até que ponto esses problemas da economia serão devidamente contornados, contribuindo para melhorar o desempenho do presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto, mas dois grandes institutos, em suas séries históricas de pesquisas de intenção de voto realizadas, sinalizam para indicadores que apontam para essa melhora de desempenho há menos de dois meses das eleições: melhora a avaliação do seu governo, sobretudo entre os grupos benefiários do Auxilio Brasil, e, com isso, ele amplia seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto, diminuindo a diferença em relação ao seu principal competidor, Luiz Inácio Lula da Silva(PT).
Na segunda-feira o Paraná Pesquisas apontou que a diferença entre ambos caiu para 5,5 pontos percentuais. Hoje, saiu a pesquisa do Instituto Quaest\Genial, praticamente confirmando uma tendência de recuperação, registrando que, até este momento, na série de pesquisas realizadas por aquele instituto, esta é a menor diferença observada entre ambos na corrida pelo Palácio do Planalto. Nesta última pesquisa, Lula aparece com 44%, enquanto Jair Bolsonaro crava 32%. Ouvido pela reportagem da revista Veja sobre o assunto, o diretor do instituto, Felipe Nunes, confirma que tais índices de recuperação seriam reflexos direto dos efeitos da PEC Kamikaze sobre a economia. Ou mais precisamente - acrescento - sobre os segmentos sociais contemplandos com essas medidas, pois a inflação continua fazendo seus estragos no bolso da população como um todo, pois uma caixa de leite longa vida já custa R$10,00 e uma lata de óleo de cozinha chega a R$14,00.
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