O presidente Jair Bolsonaro costuma ser inigmático quando se refere ao tempo que pretende continuar na condição de inquilino do Palácio do Planalto. Noutras ocasiões, peca pela franqueza em torno do assunto, ao afirmar que somente Deus o tira daquela cadeira. Salvo melhor juízo, quem coloca ou tira o mandatário do poder num regime democrático é o voto soberano do eleitor e não Deus. Um cientista político pernambucano fez um exercício de conjectura, prevendo o que Bolsonaro poderia fazer num eoventual segundo mandato. Não gostei do li, mas prefiro não comentar neste momento.
Agora, vazou para a imprensa uma informação de que o seu staff político - bastante satisfeito com os ventos que hoje sopram favoravelmente à sua candidatura - fazem planos de um projeto de, pelo menos, vinte anos de poder. Neste sentido, estão de olho no presidente, tentando convencê-lo a moldar suas falas, suas atitudes, aparar as arestas, tudo no sentido de garantir este projeto. O fato concreto é que as medidas econômicas - e eleitoreiras - estão sinalizando positivamente para os governistas.
Hoje, o bolsonarismo surfa na onda dos dividendos eleitorais obtidos com a pec das bondades. Há um incontestável crescimento dos seus índices de intenção de voto nos principais colégios eleitorais do país, a exemplo de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Somente no Nordeste Lula ainda mantém seus índices preservados, mas o assédio é grande, uma vez que se concentra ali o eleitorando pobre, beneficiário do Auxilio Brasil. Até entre os ateus Bolsonaro melhorou o seu ibope, o que não deixa de ser curioso, ele que tem, entre os evangélicos, um dos seus redutos eleitorais mais renhidos.
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