Nas eleições presidenciais de 2018 o tema da corrupção esteve na ordem do dia, dando uma excepcional contribuição à vitória de Jair Bolsonaro(PL). À época associada aos escândalos de corrupção ligados ao Partido dos Tralhadores, tal tema foi bastante explorado pelo adversário de Fernando Haddad, então candidato do PT à Presidência da República. O antipetismo passou a ser sinônimo de anticorrupção. Com o tempo, o tema foi perdendo em importância - afinal temos tantos problemas - sobretudo porque o eleitor minimamente consciente compreedeu que, no Brasil, por se tratar de problema estrutural, nenhum governo pode afirmar estar imune a essas ocorrências. Vocês querem coisa mais escandalosa do que esse tal de "orçamento secreto"?
A liderança de Luiz Inácio Lula da Silva(PT) em todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento para as eleições de 2022, assim como a sua anistia pelos cortes judiciais, já se constituia num grande indicador de que, de fato, este poderia não ser um tema capaz de exercer uma influência tão significativa nas eleições de 2022, como ocorreu em 2018. A julgar pelas preocupações dos eleitores em relação a este assunto, a partir do debate promovido pela Rede Bandeirantes de Televisão, no dia de ontem, talvez devêssemos colocar as barbas de molho. Ou melhor, os senhores candidatos talvez devessem colocar as barbas de molho.
Difícil dizer porque este tema voltou a assombrar os eleitores que deverão ir às urnas em 02 de outubro. Na realidade, trata-se de um tema muito sério - e caro aos interesses públicos e republicanos - que jamais deveria ter sido negligenciado - se é que de fato foi em algum momento. É possível que uma exposição maior do tema - suscitado pelos candidatos através dos debates ou programas de entrevistas, tenham contribuído para, digamos assim, reavivar o tema e colocá-lo na ordem do dia. Outro fator que pode estar contribuindo é o início da propaganda política através das redes de rádio e televisão, onde esse tema vem sendo explorado.
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