Ontem tivemos a oportunidade de assistir, na íntegra, o debate sobre os candidatos que concorrem ao Governo do Rio Grande do Sul. Disciplinadamente, fazemos isso todos os dias, sempre com o propósito de conhermos as propostas dos candidatos que concorrem aos governos estaduais. A Rede Bandeirantes realizou debates ao vivo em 09 Estados da Federação e o Distrito Federal. Pretendo assistir a todos na íntegra. Uma pena que, até este momento, nada esteja programado para o Estado de Pernambuco. Essas oportunidades são importantes para formularmos nossas opiniões sobre os programas de governo, conhecermos o preparo do candidato, sua sinceridade, seriedade e conduta compatível para gerir os negócios de Estado.
É curioso o quanto aprendemos nesses debates. Sobretudo nesses tempos bicudos de fake news, convém tomar todos os cuidados possíveis com as narrativas. Depois do debate, por exemplo, nossa opinião sobre a gestão do governador Eduardo Leite(PSDB-RS) mudou sensivelmente. A sua administração deixou alguns gargalos preocupantes, sobretudo em áreas estratégicas como educação, onde há um recorde nacional de evasão de alunos do ensino médio. Algo não funcionou a contento em sua gestão e é pouco provável que ele seja reconduzido ao Palácio Piratini.
Este é o debate político que nós precisamos. De corte democrático, republicano, propositivo. Não o que já começa a ocorrer em Pernambuco, onde sites estariam disseminando fake news contra a candidata que lidera todas as pesquisas de intenção de voto até este momento: Marília Arraes, do Solidariedade. A julgar pelo que ocorreu durante a campanha para a Prefeitura da Cidade do Recife, em 2020, já seriam previstas essas práticas abjetas, perpetradas por gabinetes de ódio ou de sacanagens, que se utilizam da mentira como arma política.
Isso precisa ser repelido de forma cirúrgica, energicamente, através dos meios legais disponíveis. Somente quem já foi vítima dessas infâmias pode dimensionar seus verdadeiros danos. Nesses tempos de pós-verdade, a mentira passou a ser "relativisada", quando não assumiu o status de "verdade absoluta". Mentir tornou-se uma banalidade, mas, como advertiu o Ministro Luiz Roberto Barroso, a mentira precisa voltar a ser errado. Se não pudermos convencer os mentirosos, que se acione os meios legais possíveis.
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